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Teatralizando Foto colorida com três pessoas, dois alunos e a professora Juliana, em uma aula de teatro.
06 mar, 2020

Teatralizando: oficinas para pessoas com deficiência visual

Além das atividades no Instituto Paranaense de Cegos, o projeto Teatralizando contempla a ida a festivais de teatro e de bonecos e promove o intercâmbio com alunos de escolas de teatro da cidade

O Instituto Paranaense de Cegos por meio do projeto “Teatralizando” realiza, a partir de março de 2020, oito oficinas multilinguagens para pessoas com deficiência visual, na própria sede do IPC, em Curitiba. Por meio dessas oficinas, a pessoa com deficiência visual terá contato com a prática teatral e suas ramificações, bem como os outros elementos correlatos como: maquiagem, figurino, improvisação e jogos etc. As inscrições estão abertas até o dia 13 de março e podem ser feitas no próprio IPC ou entrando em contato com a professora e coordenadora do projeto Juliana Partyka pelo whatstApp (41) 99718-8160 ou pelo e mail jupartyka@icloud.com. As oficinas ocorrerão sempre aos sábados, das 13 às 17 horas, no auditório do IPC.

O Teatralizando é viabilizado por meio do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura, da Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba. O Projeto, de acordo com Juliana, busca incentivar a inclusão do público-alvo em uma vida social mais ampliada com o auxílio dos educadores especialistas e alguns métodos desenvolvidos ao longo dos encontros dos módulos executados, levando-se em conta as particularidades do grupo.

Além das atividades em sala, estão previstas a saída dos alunos para visitar museus com acompanhantes que farão descrição dos objetos e da história; intercambiar com outros alunos de outras escolas de teatro da cidade; frequência nas peças nos festivais de teatro e de bonecos, bem como em peças que estejam em cartaz de autores paranaenses.

Contempla o projeto ainda o contato com os escritores e autores brasileiros de teatro com incentivo à produção de peças, buscando a ampliação do campo de conhecimento e cultura destes alunos. Estão previstos encontros temáticos, uma vez por mês, que procure fomentar o debate e o pensamento crítico sobre questões como sexualidade, gênero, exclusão/inclusão e outros.

O objetivo do projeto também é de trabalhar com a quebra de paradigmas, construindo noções como a autoestima e a cidadania por meio das ferramentas e benefícios do teatro, referenciado pela metodologia do Teatro do Oprimido. Pretende-se que os esforços no sentido de fortalecer nas crianças e jovens com deficiência visual o contato com a cultura e o conhecimento equilibre as condições de inclusão escolar e social e incentive estas pessoas a uma maior presença em eventos culturais.

A professora Juliana destaca que o projeto não visa a formação profissional de atores, mas sim a utilização das técnicas de teatro direcionadas para desenvolver competências nos jovens com deficiência visual, no sentido de contribuir para uma mudança construída nas interrelações, assim como no rendimento escolar.  Na maior parte das vezes, segundo Juliana, estes alunos, apresentam dificuldades no acompanhamento escolar, tendo em vista que os métodos utilizados na educação formal são voltados às crianças e alunos sem deficiência. “Não é incomum esses alunos estarem incluídos em sala de aula, porém totalmente excluídos da relação ensino/aprendizagem”, diz Juliana exemplificando a falta de material adaptado.

Mais informações para inscrição: Professora Juliana Partyka pelo whatstApp (41) 99718-8160 ou pelo e mail jupartyka@icloud.com

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